Presença de lactose deverá ser informada no rótulo de alimentos

Foi sancionada no início do mês, a lei Nº 13.305, de 4 de julho de 2016 que dispõe sobre a rotulagem de alimentos que contenham lactose. Nesta ficou determinado que deverá ser indicado a presença de lactose no rótulos dos alimentos, e aqueles cujo teor de lactose tenha sido modificado, como no caso de leites e derivados sem lactose, deverão informar o teor de lactose remanescente.

A Lei tem um prazo de 180 dias após a data de publicação para entrar em vigor, e ainda precisa ser regulamentada.

Veja a Lei na íntegra: LEI Nº 13.305, DE 4 DE JULHO DE 2016.

Desvendando mitos sobre a intolerância à lactose

MITO 1: TODOS OS INDIVÍDUOS PRECISAM EXCLUIR A LACTOSE DA DIETA.

As pessoas que apresentam atividade normal da enzima lactase não necessitam da exclusão ou diminuição do consumo de alimentos que contêm lactose, já que possuem a capacidade de absorver esse carboidrato.

MITO 2: COM A RETIRADA DOS LÁCTEOS DA DIETA, NÃO É NECESSÁRIO TER UMA PREOCUPAÇÃO COM O CÁLCIO

Leite e derivados são a principal fonte de cálcio da dieta e possuem o maior percentual de absorção deste mineral. E ainda, estudos indicam que a lactose e as proteínas do leite podem auxiliar na absorção do cálcio. Ou seja, intolerantes devem procurar um nutricionista para verificar a melhor forma de repor esta falta do cálcio advindo dos alimentos lácteos.

MITO 3: INTOLERÂNCIA À LACTOSE É UM TIPO DE ALERGIA.

A alergia é uma resposta imunológica do organismo a algum componente alimentar. No caso do leite são as proteínas que desencadeiam essa resposta, e não a lactose que é um carboidrato. A intolerância é uma incapacidade de digerir algum componente alimentar. No caso, um carboidrato gerando reações adversas.

MITO 4: OS INTOLERANTES À LACTOSE DEVEM RETIRAR TODOS OS LÁCTEOS DA ALIMENTAÇÃO

A quantidade de lactose necessária para desencadear alguma reação no organismo varia de indivíduo para indivíduo, dependendo da quantidade de lactose ingerida, fracionamento desta ingestão ao longo do dia e do grau de deficiência de lactase. Para aqueles com diagnóstico de intolerância à lactose, existem no mercado produtos com teor reduzido de lactose. Dessa forma, os intolerantes conseguem manter os lácteos na sua alimentação garantindo todos os benefícios provenientes desses alimentos.

MITO 5: O IOGURTE POSSUI O MESMO TEOR DE LACTOSE QUE O LEITE.

O iogurte é um alimento derivado do leite, que passa pelo processo de fermentação, no qual são adicionadas duas espécies de bactérias lácticas. Essas possuem a capacidade de produzir ácido láctico a partir da quebra da lactose. O resultado é a diminuição da quantidade de lactose e do pH do leite. Estudos indicam que a utilização da lactose pelas bactérias pode reduzir em aproximadamente 25-50% a quantidade de lactose no iogurte, quando comparado ao leite utilizado em sua fabricação.

MITO 6: É POSSÍVEL RETIRAR OS LÁCTEOS DA ALIMENTAÇÃO SEM NENHUM PROBLEMA.

A retirada total e definitiva dos lácteos da alimentação não é recomendada, já que são fonte de diversos nutrientes como fósforo, potássio, magnésio, vitaminas A, B1, B2, B5 e B12 e, principalmente o cálcio.

MITO 7: O CONSUMO DIÁRIO DE LÁCTEOS DEVE SER EVITADO DEVIDO A PRESENÇA DA LACTOSE

Segundo a Pirâmide Alimentar adaptada para a população brasileira a recomendação do consumo de leite e derivados é de 3 porções diárias. Seu consumo deve ser diário pois o leite e seus derivados fazem parte de uma alimentação equilibrada e contribuem para a manutenção da saúde.

MITO 8: O CONSUMO DE LÁCTEOS PROMOVE AUMENTO DE PESO DEVIDO À PRESENÇA DA LACTOSE

Não há pesquisas que mostrem a diminuição do peso corporal apenas com a exclusão da lactose. A dieta livre de lactose, assim como a maioria das dietas da moda que têm apenas apelo estético, normalmente apresenta um valor calórico reduzido, podendo resultar em perda de peso devido ao déficit calórico, e não pela exclusão da lactose ou qualquer outro nutriente. Além disso, atualmente, há diversos estudos que comprovam a importância do consumo de leite e seus derivados para manutenção do peso associada a hábitos saudáveis, dieta equilibrada e atividade física.

Conhecendo a Intolerância à Lactose

A intolerância à lactose é caracterizada pela incapacidade de digerir lactose devido à deficiência ou ausência da enzima intestinal lactase.

Quando não há digestão da lactose no organismo, esta não será absorvida ou utilizada adequadamente, fazendo com que se acumule no intestino, onde os microrganismos irão fermentá-la,gerando flatulência, distensão e cólica abdominal, que são sinais e sintomas clássicos da intolerância à lactose.

A intolerância à lactose pode ser classificada em três grupos: Genética, adquirida ou transitória.

Genética: Que se manifesta em recém-nascidos e é uma condição permanente.
Adquirida: Manifesta-se após uma inflamação ou algum dano permanente na mucosa intestinal.
Transitória: Condição temporária causada por dano à mucosa intestinal.

Caso tenha algum dos sintomas citados, consulte um médico e/ou nutricionista!

imagem-menina-passando-mau

Fonte: http://sban.cloudpainel.com.br/source/Folder-intolerAncia-a-lactose-profissionais.pdf

💬 Precisa de ajuda?