Desvendando mitos sobre a intolerância à lactose

MITO 1: TODOS OS INDIVÍDUOS PRECISAM EXCLUIR A LACTOSE DA DIETA.

As pessoas que apresentam atividade normal da enzima lactase não necessitam da exclusão ou diminuição do consumo de alimentos que contêm lactose, já que possuem a capacidade de absorver esse carboidrato.

MITO 2: COM A RETIRADA DOS LÁCTEOS DA DIETA, NÃO É NECESSÁRIO TER UMA PREOCUPAÇÃO COM O CÁLCIO

Leite e derivados são a principal fonte de cálcio da dieta e possuem o maior percentual de absorção deste mineral. E ainda, estudos indicam que a lactose e as proteínas do leite podem auxiliar na absorção do cálcio. Ou seja, intolerantes devem procurar um nutricionista para verificar a melhor forma de repor esta falta do cálcio advindo dos alimentos lácteos.

MITO 3: INTOLERÂNCIA À LACTOSE É UM TIPO DE ALERGIA.

A alergia é uma resposta imunológica do organismo a algum componente alimentar. No caso do leite são as proteínas que desencadeiam essa resposta, e não a lactose que é um carboidrato. A intolerância é uma incapacidade de digerir algum componente alimentar. No caso, um carboidrato gerando reações adversas.

MITO 4: OS INTOLERANTES À LACTOSE DEVEM RETIRAR TODOS OS LÁCTEOS DA ALIMENTAÇÃO

A quantidade de lactose necessária para desencadear alguma reação no organismo varia de indivíduo para indivíduo, dependendo da quantidade de lactose ingerida, fracionamento desta ingestão ao longo do dia e do grau de deficiência de lactase. Para aqueles com diagnóstico de intolerância à lactose, existem no mercado produtos com teor reduzido de lactose. Dessa forma, os intolerantes conseguem manter os lácteos na sua alimentação garantindo todos os benefícios provenientes desses alimentos.

MITO 5: O IOGURTE POSSUI O MESMO TEOR DE LACTOSE QUE O LEITE.

O iogurte é um alimento derivado do leite, que passa pelo processo de fermentação, no qual são adicionadas duas espécies de bactérias lácticas. Essas possuem a capacidade de produzir ácido láctico a partir da quebra da lactose. O resultado é a diminuição da quantidade de lactose e do pH do leite. Estudos indicam que a utilização da lactose pelas bactérias pode reduzir em aproximadamente 25-50% a quantidade de lactose no iogurte, quando comparado ao leite utilizado em sua fabricação.

MITO 6: É POSSÍVEL RETIRAR OS LÁCTEOS DA ALIMENTAÇÃO SEM NENHUM PROBLEMA.

A retirada total e definitiva dos lácteos da alimentação não é recomendada, já que são fonte de diversos nutrientes como fósforo, potássio, magnésio, vitaminas A, B1, B2, B5 e B12 e, principalmente o cálcio.

MITO 7: O CONSUMO DIÁRIO DE LÁCTEOS DEVE SER EVITADO DEVIDO A PRESENÇA DA LACTOSE

Segundo a Pirâmide Alimentar adaptada para a população brasileira a recomendação do consumo de leite e derivados é de 3 porções diárias. Seu consumo deve ser diário pois o leite e seus derivados fazem parte de uma alimentação equilibrada e contribuem para a manutenção da saúde.

MITO 8: O CONSUMO DE LÁCTEOS PROMOVE AUMENTO DE PESO DEVIDO À PRESENÇA DA LACTOSE

Não há pesquisas que mostrem a diminuição do peso corporal apenas com a exclusão da lactose. A dieta livre de lactose, assim como a maioria das dietas da moda que têm apenas apelo estético, normalmente apresenta um valor calórico reduzido, podendo resultar em perda de peso devido ao déficit calórico, e não pela exclusão da lactose ou qualquer outro nutriente. Além disso, atualmente, há diversos estudos que comprovam a importância do consumo de leite e seus derivados para manutenção do peso associada a hábitos saudáveis, dieta equilibrada e atividade física.

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